O deputado do PS eleito por Beja, Pedro do Carmo, mostrou-se “surpreendido” por a segunda fase de ampliação do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, não constar do Orçamento do Estado para 2026.
De acordo com o parlamentar, o Governo do PS tomou a decisão, em 2023, de ampliar o Hospital de Beja através de despacho, tendo sido iniciados todos os procedimentos no ano seguinte para a sua concretização, contando com uma dotação financeira no Orçamento do Estado para 2025.
Pedro do Carmo considera que “é de extrema gravidade que o Hospital de Beja não conste na proposta de Orçamento do Estado para 2026″, e lamenta que seja “o único dos investimentos que cai em igualdade de circunstâncias”, já que “o Hospital do Oeste – que ainda não tem local definido – ou os hospitais de Barcelos e do Algarve continuam a estar na proposta de Orçamento do Estado”.
Para Pedro do Carmo, “é urgente e necessária uma justificação para esta situação”, até porque as “consequências são gravíssimas”, uma vez que o hospital poderá não conseguir fixar profissionais.
Em reação a esta posição, o deputado do PSD eleito por Beja, diz que “a ampliação e a requalificação do Hospital de Beja não precisam de estar no articulado, nem no relatório do Orçamento de Estado. Só precisam de estar no Orçamento da Saúde, devido à verba já ter sido cabimentada no Orçamento de Estado para 2025. Assim, os projetos previstos serão pagos pelo orçamento da ULSBA e não têm qualquer impacto no próximo Orçamento de Estado, logo, não têm que lá ser submetidos”.
Gonçalo Valente lembra que está aprovado o perfil assistencial e reorganização do programa funcional, a ULSBA está autorizada a constituir o júri para analisar o projeto de arquitetura e em 2026 será aberto o concurso para a elaboração dos projetos de arquitetura.
“A obra propriamente dita só em 2027 depois da concretização do projeto de arquitetura e do consequente concurso adjudicado para a sua execução”, assegura o parlamentar.
O deputado acrescenta que “espalhar a desinformação não é a postura que os baixo alentejanos esperam de quem os representa na Assembleia da República”.