Os preços da habitação no Baixo Alentejo dispararam substancialmente. O preço por metro quadrado de alojamentos familiares em apartamentos chega aos 849 euros. Há cinco anos, em 2016, os valores fixavam-se nos 696 euros por metro quadrado.
Feitas as contas, um t3 com 120 metros quadrados custava em média, no Baixo Alentejo, 83 520 euros em 2016. Agora custa 101 880 euros.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), indicam, também, que no Alentejo, o preço dos apartamentos era de 864 euros por metro quadrado em março deste ano. Em período homólogo os apartamentos custavam 859 euros. Houve um aumento de cinco euros por metro quadrado.
As moradias fixavam-se em março de 2021 nos 844 euros por metro quadrado, quando em março de 2020 tinham um valor de 767 euros. No espaço de um ano, os preços sofreram uma subida de 77 euros por metro quadrado.
José Ferreira, consultor imobiliário justifica estes valores com o “aumento da procura de casas, face à pouca oferta que existe”. Em seu entender, “há muita falta de construção”, principalmente de “apartamentos. Um fenómeno” que José classifica como “normal”, porque “quando há mais procura do que oferta, a tendência natural é para que os preços subam”.
Apesar das dificuldades, a procura recai sobre os apartamentos, porque, atualmente, as poucas “moradias que existem localizam-se em zonas mais periféricas”.
Na “caça” às novas habitações estão sobretudo os “casais jovens que procuram a sua primeira casa”, mas existe, também, quem procure um novo espaço “porque os filhos já saíram de casa dos pais”. Nessas situações, a meta é “vender a casa maior para conseguir comprar uma mais pequena”.
Na cidade de Beja, é nas zonas periféricas, como “Penedo Gordo, Cuba ou Salvada que se consegue encontrar valores mais baixos para a compra e arrendamento”.