Os presidentes das três federações regionais do PS no Alentejo manifestaram hoje apoio ao candidato à liderança socialista Pedro Nuno Santos, que consideram ser “a melhor opção” e “o mais forte” para encabeçar o partido às legislativas.
O presidente da Federação Distrital de Évora do PS, Luís Dias, revelou hoje à agência Lusa que apoia a candidatura de Pedro Nuno Santos a secretário-geral dos socialistas, por se tratar do “candidato mais forte” para liderar o partido nas eleições.
“É, na minha opinião, o candidato mais forte para liderar o PS no desafio de ganharmos as eleições de 10 de março e continuarmos o trabalho que tem vindo a ser feito”, afirmou o também autarca de Vendas Novas.
O dirigente socialista considerou que Pedro Nuno Santos “tem as características mais adequadas”, tendo em conta as “circunstâncias políticas e a necessidade de liderança que o PS e o país vão precisar nos próximos anos”.
Recusando uma instrumentalização das estruturas do partido na região, Luís Dias referiu que, pelo que lhe foi transmitido, Pedro Nuno Santos reúne apoio junto de “uma larga maioria” das concelhias e dos presidentes de câmara.
Ainda assim, neste distrito alentejano, não há unanimidade nos apoios à liderança do PS. O ex-ministro da Agricultura e atual deputado do PS eleito pelo círculo de Évora, Capoulas Santos, contactado pela Lusa, declarou apoio a José Luís Carneiro na corrida à liderança dos socialistas.
José Luís Carneiro “garante ao PS uma liderança fiel aos seus valores fundacionais, de cariz social-democrata, que é a vocação do PS e do seu fundador, Mário Soares. Uma liderança moderada, europeísta, atlantista, com forte cariz social, mas respeitadora da economia de mercado”, argumentou o histórico socialista alentejano.
Igualmente contactado pela Lusa, Nelson Brito, presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, ‘alinhou’ pelo mesmo ‘diapasão’ de Luís Dias e considerou que a candidatura de Pedro Nuno Santos “é a melhor opção” para servir o partido e o país.
Este é o candidato que “pode trazer uma nova energia para o país e para a governação que Portugal precisa no presente para o futuro”, disse o também deputado, eleito pelo círculo de Beja.
Para Nelson Brito, o ex-ministro das Infraestruturas tem a capacidade para avançar com reformas do Estado “em áreas vitais” para o país, como “a área da saúde, da habitação, da justiça e da administração pública”.
Lembrando que há muito que partilha com Pedro Nuno Santos “uma amizade e pensamentos em comum sobre o espaço e a intervenção política do PS no país, na região e no interior”, Nelson Brito anunciou que o seu apoio é estritamente pessoal e que a Federação do Baixo Alentejo não vai tomar qualquer posição oficial nas eleições internas.
O presidente da Federação Distrital de Portalegre do PS e antigo deputado, Luís Moreira Testa, também se ‘colocou ao lado’ de Pedro Nuno Santos, candidato que, no seu entender, vai dar “visibilidade” às novas gerações e “pode trazer uma rotura geracional que faz falta” ao PS.
Segundo Luís Moreira Testa, que foi deputado na Assembleia da República, eleito pelo circulo eleitoral de Portalegre, entre 2015 e 2022, a sua posição conta com o “suporte político” do secretariado da Federação Distrital de Portalegre do PS.
Na sequência da demissão de António Costa, além de Pedro Nuno Santos, associado à ala mais esquerdista do PS, vai também candidatar-se à liderança do partido José Luís Carneiro, conotado como pertencendo à ala moderada.
O dirigente socialista Daniel Adrião afirmou hoje estar a ponderar uma candidatura a secretário-geral do PS nas próximas eleições diretas.
As eleições diretas para a sucessão de António Costa no PS estão marcadas para 15 e 16 de dezembro – em simultâneo com a eleição de delegados – e o congresso está previsto para 6 e 7 de janeiro.
Rádio Pax / Lusa