O Tribunal de Beja aplicou uma pena de 18 anos de prisão efetiva ao professor de uma escola do concelho por abuso sexual de menores, maus tratos contra crianças e posse de fotografias pornográficas de menores. O acórdão foi lido esta quarta-feira.
Dos 534 crimes de que estava acusado, o professor primário, de 48 anos, foi considerado culpado de 14 crimes de abuso sexual, um crime de maus-tratos e um de posse de pornografia infantil, que totalizavam 44 anos de prisão. O colectivo de Juízes decidiu reduzir esta pena a um cúmulo jurídico de 18 anos de prisão efectiva.
O homem terá ainda de indemnizar as vítimas em 53 mil euros, ficando impedido de exercer funções durante 15 anos.
Os crimes foram todos cometidos no interior da sala de aulas e no espaço dos professores onde existe uma fotocopiadora.
O arguido chegou a ameaçar as crianças para que se mantivessem em silêncio.
As vítimas, com idades entre 7 e 8 anos, todas alunas do docente, começaram a revelar comportamentos bastante “diferentes” dos habituais. Na leitura do acórdão, a Juíza divulgou que as meninas passaram a ter uma maior “dependência das progenitoras, receio em ir à escola, dificuldade em se vestir, tomar banho e não quererem dormir sozinhas”. A Rádio Pax sabe que algumas crianças estão a ser acompanhadas por psicólogos.
Os crimes aconteceram entre 2015 e 2017, numa escola básica do concelho de Beja.
O docente tinha ainda várias fotografias pornográficas de menores no seu computador.
O caso foi denunciado pela mãe de uma das vítimas.
O professor foi detido pela Polícia Judiciaria no dia 22 de novembro de 2017 e está em prisão preventiva desde essa altura no Estabelecimento Prisional de Beja, onde regressou depois de ter ouvido a sentença.