Em causa está a alegada utilização de meios do município para a concepção de materiais de campanha para as candidaturas da CDU nas autárquicas de 2009.
A decisão surge após quatro anos de investigação na sequência de uma denúncia apresentada em Janeiro de 2010 pelo socialista Jorge Pulido Valente que derrotou Francisco Santos (CDU) na corrida à Câmara de Beja.
Na Câmara de Beja terão sido feitos materiais de propaganda usados por candidaturas comunistas às câmaras de Beja, Cuba, Ferreira do Alentejo e Mértola.
De acordo com a acusação, a que a agência Lusa teve acesso, o MP decidiu deduzir acusação para julgamento contra o então coordenador e dois gráficos do Gabinete de Informação e Relações Públicas (GIRP) da Câmara de Beja.
Os vereadores do Partido Socialista (PS) na Câmara de Beja vieram esta semana a público acusar o actual executivo da CDU de “branquear ilegalidades”.
Os socialistas questionaram o executivo CDU/PCP, na última reunião de Câmara, sobre o processo. De acordo com o PS a autarquia “não vai constituir-se como assistente”, informou a vereadora Sónia Calvário.
Desta forma os vereadores do PS consideram que o executivo CDU está a “abafar e branquear as gravíssimas ilegalidades”.
Jorge Pulido Valente, agora vereador do PS na Câmara de Beja, pensa que era “eticamente correcto” que a Câmara desse continuidade ao processo e se “tornasse assistente” de forma a apurar responsabilidades e a que fosse ressarcida dos prejuízos que ascendem a vários milhares de euros.