Os autarcas consideram que têm feito uma intervenção “construtiva, responsável e rigorosa” e que têm apresentado propostas para melhorar as condições de vida dos munícipes.
Quanto à maioria CDU na Câmara de Beja, os vereadores socialistas fizeram um balanço “muito negativo”. Na opinião do PS existe uma “desorganização total dos serviços administrativos e financeiros” da autarquia.
Os vereadores estão preocupados com o que dizem ser um “saneamento político inaceitável e uma atitude inqualificável e antidemocrática com afastamento e discriminação de funcionários da Câmara com provas dadas de empenhamento, competência, profissionalismo e isenção”. Ana Horta, vereadora do PS na Câmara de Beja, referiu que “sem qualquer justificação ou explicação” os trabalhadores foram “colocados nas prateleiras, totalmente desaproveitados, sem objectivos definidos e sem avaliadores identificados”. A vereadora frisou que, além dos efeitos que esta atitude pode ter sobre os funcionários, representa um “desaproveitamento de toda a capacidade que eles têm e uma má gestão dos recursos humanos”.
Na opinião dos vereadores socialistas existe uma “inércia total” face ao “agravamento de problemas que afectam a cidade, o município e a região em áreas como a saúde, a educação, o desenvolvimento económico, a coesão social e as acessibilidades”. Os autarcas sublinharam ainda o facto das despesas da passagem de ano terem sido pagas “ilegalmente” pela EMAS Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja; de o contrato com o mediador de etnia cigana não ter sido renovado e de existirem casas municipais devolutas que continuam por entregar às famílias carenciadas.
O sector agrícola é outra das preocupações dos vereadores pois não “sabem qual a estratégia do município” para o mesmo. José Velez disse que apenas ouvem falar sobre a “reforma agrária”. O autarca teme que a “estratégia passe por posições extremadas” que “em vez de unirem dividem” a sociedade.
Os vereadores dizem que com esta política e atitude o actual executivo vai “fazer recuar o progresso e fazer regredir em pelo menos 4 anos o desenvolvimento do concelho e da cidade”.