O grupo parlamentar do PSD vem em nota de imprensa acusar o Governo de “não colocar à disposição das populações os meios aéreos necessários de combate a incêndios”.
Para além do distrito de Beja, também em Braga, Portalegre e Setúbal “há falta de meios aéreos pelo quarto ano consecutivo”, refere o partido laranja.
Os deputados fizeram chegar um conjunto de perguntas aos ministros da Administração Interna e da Defesa Nacional, alertando que há uma “grave violação dos prazos previstos e dos calendários estipulados pelo próprio Executivo”.
O PSD quer saber “Quando” é que o “Governo prevê que os meios aéreos previstos para o Nível II do DECIR 2020 (15 a 31 de maio), estejam de facto operacionais”; “quantos meios aéreos de combate aos incêndios, e em que locais, estiveram de facto operacionais entre 15 e 31 de maio”; qual a justificação do Governo para o “atraso na operação de meios aéreos que deixa pelo menos 4 distritos do país sem qualquer apoio aéreo no combate aos incêndios”; se o Governo “consegue garantir que na fase seguinte, nível III, que se inicia a 1 de junho os meios aéreos previstos no DECIR2020 vão estar todos no terreno e operacionais”; e se o “Governo tem conhecimento de outras falhas face ao planeamento previsto o DECIR 2020 para esta época”.
O mesmo documento refere que “no nível II do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), que vigora “entre 15 e 31 de maio”, estava previsto que “estivessem operacionais no combate aos incêndios 14 helicópteros ligeiros (HEBL), 12 helicópteros médios (HEBM), oito aviões bombardeiros (Anfíbios), dois aviões de reconhecimento (AVRAC) e um helicóptero reconhecimento (HERAC)”.
Para o PSD, “deveriam estar já no terreno três meios aéreos de coordenação” que “também não estão ainda operacionais”, e “faltam pelo menos oito helicópteros face à informação divulgada pelo Ministério da Administração Interna”.