Os vereadores da CDU na Câmara Municipal de Beja acusam a administração da Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja (EMAS) de ter “adotado permanentemente uma conduta de ataque aos direitos dos trabalhadores, em clara violação das leis laborais”.
De acordo com a CDU, as inspeções realizadas pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) resultaram na abertura de “procedimentos contraordenacionais”.
Segundo os eleitos da CDU “as irregularidades/ilegalidades detetadas passam pela diminuição da retribuição a 96 trabalhadores e pela não classificação de trabalhadores nas funções que efetivamente desempenham, bem como outras situações”.
Os eleitos da CDU na Câmara Municipal de Beja “exigem aos eleitos do PS e do PSD, forças políticas com responsabilidades na gestão da EMAS, que intervenham no sentido de suprir imediatamente as irregularidades/ilegalidades detetadas, pois tais problemas não são ultrapassados por falta de vontade política”.
“Não é admissível aquilo que se passa na EMAS” diz o vereador Vítor Picado.
Rui Marreiros, vereador do PS na Câmara de Beja e presidente da EMAS, considera as declarações de Vítor Picado “infelizes”.
O autarca realça que houve irregularidades detetadas, há vários anos, nos balneários do parque operacional, já solucionadas.
A questão das classificações é uma “falácia” pois a empresa sempre respeitou os direitos dos trabalhadores, acrescenta Rui Marreiros.
O presidente da empresa adianta ainda que a terceira questão tem a ver com um processo antigo, ainda em análise na ACT, relacionado com um pagamento “irregular” a trabalhadores da empresa.