A Câmara de Almodôvar está a ser investigada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora.
Em causa está a adjudicação da obra do Balcão Único a uma empresa que, alegadamente, colocou em tribunal por “irregularidades” detetadas nas “obras de acabamento” do Cineteatro daquela localidade, exigindo “uma indemnização de 164 mil euros”.
A acusação é de António Sebastião, vereador do PSD na autarquia de Almodôvar, que disse à Rádio Pax que o “Departamento de Investigação e Ação Penal de Évora solicitou esclarecimentos relativamente” às intervenções “do Balcão Único”.
O eleito social-democrata diz saber que “o orçamento para” a obra em questão “foi esmagado”, por ter um valor que impossibilitava a “consulta prévia para a” referida empresa, que, “habitualmente, presta serviços à autarquia de Almodôvar”.
António Sebastião explica que, “tendo em conta que o valor previsto era superior para que a obras fosse entregue [à empresa], a “Câmara de Almodôvar optou por retirar componentes”,de forma a que a empreitada avançasse.
Posteriormente, diz o vereador, “foram feitas adjudicações paralelas” para incluir as intervenções que ficaram em falta.
António Sebastião acusa, também, a Câmara de Almodôvar de estar a fazer “frenesim para lançar obras”.
Em causa está, na sua opinião, a “falta de tempo para executar as intervenções, antes das próximas eleições”. O vereador acusa a autarquia de “atropelar todas as regras”.
O eleito do PSD denuncia, ainda, a repavimentação de acesso ao Monte Beato, em Almodôvar, que “foi realizada sem qualquer tipo de procedimento legal”.
António Sebastião entende que a “Câmara de Almodôvar está a ser gerida como uma mercearia, em que o proprietário é o presidente”.
Questionado sobre a alegada acusação em Tribunal, António Bota, presidente do município, diz-se “preocupado com fuga de informação de um assunto que é um não assunto”.