Em apenas 7 dias, temos já mais de um milhão de deslocados, provocados pela invasão da Ucrânia pela Rússia. Sem dúvida, o maior conflito no continente europeu, após a Segunda Guerra Mundial. Se, de início, não se pensava que tal viesse a ocorrer, o Sr. Putin mandou avançar as suas tropas para “libertar” os cidadãos de um país vizinho…
Kiev – capital da liberdade. Estas são as palavras de um cartaz que partilhei nas redes sociais. De facto, o povo ucraniano, ao resistir de forma heroica, lutando pela democracia e pela liberdade, são um extraordinário exemplo para todos nós!!!
Esta terrível guerra, causando mortes e sofrimento a milhares de cidadãos inocentes, veio trazer ao de cima a defesa dos valores democráticos de todo o Globo. A resposta pronta da União Europeia, solidarizando-se com os ucranianos e impondo duras sanções ao país invasor, conseguiu unir a variedade de povos que a constituem, repudiando esta invasão despropositada.
Releve-se a disponibilidade manifestada pelo nosso país em acolher no seu seio, todos os ucranianos que, neste difícil momento, necessitem deste apoio, criando as condições necessárias para uma rápida resposta.
Permitam-me partilhar algumas notícias que nos têm chegado, através dos diferentes órgãos de comunicação social:
– Crianças entre os sete e os 11 anos foram detidas pela polícia russa em Moscovo por terem colocado flores junto à embaixada ucraniana e por apelarem, com cartazes, ao “fim da guerra” (SIC Notícias 2/03/2022);
– A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) votou esta quarta-feira contra a invasão russa na Ucrânia. Ao todo 141 países votaram a favor, 35 abstiveram-se e apenas cinco votaram contra. Quando as votações foram colocadas no ecrã, ouviu-se um enorme aplauso de pé. Os votos contra pertencem à Federação Russa, Eritreia, Coreia do Norte, Bielorrússia e Síria. Entre as abstenções destaca-se a presença da China, Índia, Angola, Moçambique, Vietnam, Iraque e África do Sul (CNN Portugal 03/03/2022);
– PCP vota contra resolução do Parlamento Europeu de condenação da Rússia pela invasão à Ucrânia. Dos 13 votos contra, dois foram dos comunistas portugueses. Houve mais de 600 votos a favor (CNN Portugal 01/03/2022).
Enfim, é o que temos: um partido político que defende os interesses de uma oligarquia corrupta e bafienta, baseada num espírito imperialista, contra a autodeterminação do povo ucraniano. Resquícios de um passado (tão) distante…?
Glória à Ucrânia e a tudo o que esta luta representa!!!
Fernando Romba
Primeiro Secretário da CIMBAL