O anúncio do fim dos apoios à plantação de novos olivais na zona de influência de Alqueva já mereceu uma reacção do “Alentejo Vivo”, o Movimento criado para “a promoção duma agricultura sustentável que respeite o ambiente, o património, a saúde pública e a qualidade de vida dos cidadãos”.
De acordo com o Ministro da Agricultura, “no perímetro do Alqueva, já existem cerca de 55 mil hectares de olival, o que significa que será cerca de um terço do perímetro de rega”. O Governo entende que mais do que 30% de uma única cultura no perímetro de rega começa a ser excessivo.
O Ministério quer delimitar as manchas contínuas para protecção da biodiversidade.
José Paulo Martins, membro da comissão coordenadora do Movimento, frisa que este anúncio “demonstra que o poder político começa a ter em conta as preocupações dos cidadãos”.
O Movimento não se centra exclusivamente no olival. O “Alentejo Vivo” alerta para os riscos das culturas intensivas de forma geral e do modelo implementado.
José Paulo Martins afirma que falta legislação, são necessárias faixas de segurança junto dos aglomerados populacionais e é preciso salvaguardar a biodiversidade e a qualidade da água.
“Estamos no bom caminho para que este tema se debata a fundo”, entende o mesmo responsável.