Cumprimentar como sempre os ouvintes e colaboradores da Rádio PAX, nestes tempos difíceis, mas sempre admiráveis, que nos foram dados viver.
Desde a minha última crónica tivemos uma intensa vida cultural, na nossa Sala de Espectáculos mais nobre, o sempre renovado Cine Teatro Pax Júlia, visitou-nos o comediante de serviço ao regime:o secretário de estado dos assuntos parlamentares; fez jus ao programa em que participou e gozou com quem trabalha. Em boa verdade podemos dizer que deu continuidade à actividade preferida dos governos socialistas, que é gozarem com quem trabalha. Eu sei que o senhor é só secretário de estado dos assuntos parlamentares, mas ao anunciar que o ministro Cabrita já não o era porque desde o chumbo do orçamento de estado já não havia governo, é um pouco demais, mesmo que se queira tranquilizar a população com o fim do flagelo que é qualquer desgoverno socialista. Só no princípio da semana passada foi dissolvida a Assembleia da República, mais de 15 dias depois do seu anúncio, permanecendo uma Comissão Permanente, com um grupo de deputados proporcional à representação dos partidos, com poderes limitados, mas continuará a haver governo, se é que se pode chamar a isto governo. Algo melhor terá ficado depois da antecipada saída de Cabrita, e com a manhosice reconhecida António Costa ainda se poderá gabar de ter sido o responsável pela saída do governo de um dos piores ministros de sempre.
Eu percebo que alguém que pertença a qualquer governo socialista queira fazer desaparecer qualquer vestígio do crime, alegadamente diga-se, mas especialistas em apagar as pessoas das fotografias e não só, é uma coisa, mas fazer desaparecer um dos mais extensos governos de todos os tempos, só está à altura do grande ilusionista que é António Costa.
Devem é avisar os Galambas desta vida que parem de aprovar legislação como se não houvesse amanhã, e se se mantiverem no governo poderá não haver…
Dando a sua contribuição para isso as juventudes do bloco, comunistas e socialistas festejaram alegremente o 104º aniversário da revolução socialista russa de Outubro, prevendo-se a comemoração conjunta futura de efemérides igualmente revolucionárias como o Surto de Peste Negra de 1343 – 1353, ou o Terramoto de 1755.
Eu por mim comemorei em Novembro o 9 e o 25 como datas de liberdade e democracia, e já agora o 1º de Dezembro quando descíamos a Avenida da Liberdade na tentativa de consolidar a mesma.
Um bom resto de semana a todos os ouvintes e colaboradores da Rádio PAX, com muita Saúde. Continuo sem saber se isto vai passar…
Luis D’Árgent
Engenheiro Agrónomo