2020 – Um ano tudo menos normal
Uma certeza eu tenho, não existe memória de um ano como 2020.
Se existissem dúvidas que a realidade, em muito supera a ficção, o ano 2020 provou-o de forma inequívoca.
Algures no princípio do ano, apareceu no oriente um novo vírus, o Corona Vírus.
De uma pequena gripe, desvalorizada por entidades internacionais e nacionais a uma pandemia que já nos chegou a familiares e amigos e que, contagiou milhões por esse mundo fora, tudo se passou, neste ano que findou!
De repente passámos a usar máscara, a desinfetarmo-nos de meia em meia hora e pior que tudo, deixámos de dar aquele abraço.
E tivemos de ficar em casa e, podemos dar atenção a coisas que tínhamos como garantidas, até tivemos tempo para ver os nossos filhos crescer, estudar com eles, brincar com eles, ou seja, não nos ficámos por ter uma família, estivemos mesmo em família.
Com a pandemia, veio também o confinamento, fechámos as portas das nossas empresas, dos nossos pequenos negócios, tantas e tantas famílias que trabalham connosco, perdemos milhares, reinventámo-nos e como em todas as crises, tudo fazemos para nos manter vivos e manter vivas as nossas empresas.
Há muitas coisas que não entendemos, como o porquê de fechar a determinadas horas e em determinados dias, recorremos a Lay Off’s a todos os apoios por mais complexos e burocráticos que fossem, com um único intuito mantermos a porta a aberto e mantermos todos aqueles que dependem de nós, connosco.
Só o que pedimos para o próximo ano é que seja normal!
Que não nos impeçam de trabalhar, que não nos digam o que temos de fazer, que nos ajudem neste nosso objetivo de proteger os nossos.
Que a vacina chegue a todos, o mais cedo possível, para voltarmos à tão falada normalidade.
Que apesar de tudo tenhamos aprendido alguma lição, que não tenhamos apenas uma família ou um emprego, que estejamos em família, seja em casa ou no emprego.
E mais que tudo, que possamos dar aquele abraço!
Filipe Pombeiro
Presidente do NERBE/AEBAL