«Ai Costa… a vida costa…»!!!
Não se previa como 2020 começou, com uma pandemia que a todos apanhou desprevenidos. Mas com incompetência começou o 2021: de modo imprudente, laxista e displicente, que nos levou do “milagre” Português ao primeiro lugar europeu no número de mortos por 100.000 habitantes! Triplicámos os valores de Espanha, França e Inglaterra, que eram autênticos cemitérios de cidadãos há uns meses atrás, com os quais nos comparavam de manhã à noite, e nos faziam crer que estávamos entregues a governantes que governavam.
Depois de um Natal e Ano Novo simpáticos ainda conseguimos demorar uma semana a legislar o que já estava decidido, numa fase já com médias de 10.500 infetados e 155 mortos. Entretanto, outros países que estão já a sair deste pesadelo, pois há muito tomaram as suas decisões rápidas e muito duras. Nós, por decisão do governo, optámos por um confinamento fofinho, quase impercetível, como se nada de extremamente grave se passasse.
Pelo que observo, as tais medidas simpáticas e levianamente leves, resultaram em imensas pessoas nas ruas, autorizadas ou não, e absolutamente sem fiscalização. Se quando morriam 15-20 pessoas por dia parecia que estávamos em estado sítio, com agentes da autoridade em rotundas, estradas, e em todo o lado; agora, que morrem 155 portugueses, não há praticamente nenhum. Não acredito que seja uma opção da PSP e GNR. Só pode ser uma opção política que tem um responsável político chamado António Costa, já que o respetivo Ministro, é dos poucos que ainda não percebeu que não existe.
Faltam camas, faltam vagas nas UCIs e o mais importante de tudo: temos profissionais de saúde exaustos e uma Ministra incapaz de prever o previsível, incapaz de ultrapassar o tabu ideológico de colaboração do setor social e privado, ameaçando com a requisição civil, numa atitude totalitária e déspota, quando podia ter feito tudo de outra maneira. Creio que Portugal é o único País Europeu a resolver assim a sua incompetência.
«Ai Costa…a vida costa», como se dizia num programa de TV. «Chefias um Governo em roda livre, que não nos governa e não nos cuida! Acaba a Presidência Europeia e, coincidindo com um forte abrandamento da pandemia, faz um favor ao País: vai-te embora pelo teu próprio pé!»
João Paulo Ramôa
Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Beja