Paulo Arsénio diz que CM Beja foi “saco de porrada” de João Paulo Ramôa

Paulo Arsénio, presidente da Câmara de Beja recorreu às redes sociais para responder ao comentário de João Paulo Ramôa, durante o programa da Rádio Pax, “Visão dos Tempos”.

O presidente da autarquia refere que “as afirmações mal fundamentadas (…) não passaram de um ataque político à CM Beja na pior altura”.

O Município foi o primeiro do “distrito a acionar o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil. Dia 25 março entrou em vigor o Plano Distrital e, no dia 30 de março Beja foi o primeiro município do distrito a acionar o Plano Concelhio”.

 Paulo Arsénio diz não andar aqui para “ganhar medalhas” (…), mas que a “acionar o Plano Municipal [Beja] foi o primeiro concelho do Distrito a fazê-lo” e refere que os “factos desmentem as afirmações [de João Paulo Ramôa]”.

 Sobre a higienização de espaços públicos e de como deveriam ser feitos, o autarca relembra “que a CM Beja segue as práticas e recomendações da ULSBA desde o dia 26 de Março”, altura em que foi dada a indicação para o início dos trabalhos de higienização.

Até à data, a autarquia desinfetou “dezenas de locais da cidade de maior concentração humana, bem como contentores de lixo e moloks (…), cedeu produto higienizante às freguesias e aguarda resposta das associações de agricultores para que com as freguesias se otimizem meios de intervenção nos locais em que não é a CM a fazer essa higienização”.

Paulo Arsénio refere que o Município “também já higienizou espaços interiores não municipais como a Prisão de Beja, os interiores dos supermercados e das farmácias (…)”.

A Câmara Municipal na “Ordem de Execução do Plano de Emergência, criou um conjunto de espaços para situações de emergência que possam ocorrer com Lares, com etnias ou com comunidades migrantes. Se os casos forem centenas não teremos capacidade de resposta. Já o dissemos várias vezes. Se forem em números menos expressivos, teremos. Sempre o dissemos e assumimos. Não nos armamos “em heróis”. Não tem sido esta a prática desta Câmara, muito menos neste tempo que atravessamos (…)”.

Em relação ao Bairro das Pedreiras, Paulo Arsénio refere que o Município sabe “que num local inicialmente programado para viverem 288 pessoas, vivem hoje perto de 800 em condições muito precárias”, mas que o Município “não tem condições habitacionais para realojar essas pessoas”.

 “O mediador de etnia da CM esteve no Bairro a prestar esclarecimentos sobre COVID-19 nos dias 3, 4, 10, 13, 23 e 30 de março e que as técnicas da Ação Social do Município procederam a uma ação de informação no dia 24 de março no bairro”.

 “A CM Beja não deve é distribuir álcool gel ou outros equipamentos à comunidade quando não o faz aos restantes munícipes. Para nós há igualdade nos direitos e nos deveres de todos. Sem exceções”.

“A Câmara de Beja vai “apoiar as 21 IPSS’s do concelho financeiramente para que suportem o consumo da água durante 3 meses, sendo atribuído à Santa Casa da Misericórdia de Beja um valor de cerca de 1 923 euros”.

Paulo Arsénio refere ainda que quando João Paulo Ramôa “era Governador Civil fazia questão de afirmar que não era político”, mas que o “executivo em permanência da CM Beja, assume que é político, porque está 24 horas por dia disponível exclusivamente para a causa pública”.

Por último, o presidente da Câmara de Beja diz que a autarquia foi “saco de porrada (…) com afirmações” que são erradas e que “ficam no ar”.