No próximo fim de semana realizar-se-á o 40º Congresso do PSD no Porto.
Praticamente 5 meses depois das eleições legislativas (um perfeito disparate), com o resultado que todos nós conhecemos, o maior partido da oposição vai entronizar o seu novo líder, Luís Montenegro.
Nos congressos anteriores as moções focaram por inteiro as preocupações do Distrito de Beja, desta vez, e porque os problemas estão mais do que identificados, procurámos dar um contributo assente num conjunto de propostas em jeito de repto, que visam modernizar o partido, tendo em vista a melhoria das dinâmicas internas, não deixámos ainda assim de relembrar tudo aquilo que tem estrangulado o desenvolvimento da região, passando também pelo plano ideológico e reformas estruturais, onde a reforma do sistema eleitoral é liderante.
O PSD tem que estar disponivel para despertar, “despertar não é mudar quem somos, despertar é mudar quem não somos”.
Despertar também os portugueses que não se revêm neste modelo de governação,
que não acreditam neste modelo de desenvolvimento e que não participam nos
processos eleitorais por descrédito no exercício do que é hoje a prática política.
Não deveremos ter problemas em assumir que há partidos que se agigantaram enquanto nós estagnámos e replicar algumas boas práticas, fazendo com que nos tornemos numa verdadeira laranja mecânica, em vez de olharmos para o lado e nos resignarmos a lamentar a mecânica dos outros.
O PSD deve repensar o que quer para o futuro, as suas ambições, que discurso deve adotar para aqueles que perderam a confiança em nós e que soluções tem para transformar o País.
Acredito veemente que, se nos organizarmos internamente e seguirmos estaslinhas orientadoras, estamos a crescer enquanto partido e estamos a entrar nos argumentos que verdadeiramente interessam às pessoas. A única forma de nos ouvirem, é se falarmos genuinamente e com transparência para elas.
Simultaneamente temos de pensar as grandes reformas e levá-las para o centro da ação política com coragem, temos de ser nós a liderar essa agenda, porque essa é a nossa matriz e só assim voltaremos a uma condição que nos permita melhorar a vida dos portugueses.
As pessoas devem sentir que o elevador social funciona e que todos devem ter igualdade de oportunidades. À social democracia está associado o facto de ninguém poder ficar para trás, logo, temos esse dever e a obrigação de assumir esse desafio.
Francisco Sá Carneiro dizia: “idealizo um país em que, um dia, os idosos tivessem presente e os jovens tivessem futuro”. Não podemos limitar-nos a evocá-lo, é preciso fazer acontecer. A partir da próxima segunda feira, uma nova história irá iniciar-se. Desta vez com com final feliz, eu acredito.
Gonçalo Valente
Presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Beja