A Galeria do Espírito Santo, em Moura, inaugura, hoje, a exposição “Torgas Vivas, Espírito e Raízes”, de Arlindo Pereira.
As esculturas apresentadas nesta exposição, maioritariamente, constituídas por torgas (raízes de urgueira), encontram-se organizadas em quatro conjuntos, representando diferentes domínios do espírito: Divindade, Fantasia, Humanidade e Natureza.
A mostra abre ao público, nesta terça-feira, às 15:00 horas, e estará patente na Galeria do Espírito Santo até ao dia 2 de julho, podendo ser visitada de terça-feira a sexta-feira, das 09:30 às 12:30 e das 14:30 às 17:30 horas.
Arlindo Pereira, natural de Valadares, São Pedro Sul, desde criança que teve o prazer de brincar com a madeira, mas a vida não permitiu que fosse essa a sua arte.
Porém, em 2012, as raízes de urgueira, arrancadas da terra queimada, destinadas ao sistema de aquecimento doméstico, voltaram a despertar-lhe o gosto pela escultura.
Assim as sujas “torgas” transformaram-se em formas animais, estranhos bichos, rostos incertos, labaredas permanecentes em resquícios de outrora, projetos artísticos da memória do povo e das entranhas da terra, homenagem ao trabalho duro de uma vida na relação íntima com a natureza e o campo.