Opinião: Maria de Jesus Ramires

Caras e caríssimos ouvintes

Estamos a chegar ao fim do mês de março. Um mês em que muitos dias simbolizaram datas que marcaram a vida das sociedades. Falamos dos “Dias de luto pelas vitimas de violência doméstica, do Dia Internacional da mulher, do dia internacional contra discriminação racial, das vitimas de exclusão social, dia do Pai, da Poesia, da liberdade de informação …, mas sobretudo do sofrimento da situação pandémica,  do desconfinamento gota a gota… mas o foco principal de todos eles foi e éos Direitos Humanos, a luta por uma sociedade mais justa, mais humana, mais saudável.

Como mulher quero relembrar que o dia 8 trouxe às ruas, ao longo de todo o País milhares de mulheres que denunciaram a descriminação, o agravamento das condições de trabalho e gritaram pelo direito à Igualdade.

Que as suas suas aspirações, os seus sonhos, se tornem realidade, quer em casa, no  trabalho onde quer que estejam, sejam reconhecidas pelo seu valor, competência e formação.

A situação pandémica tem levado a abusos e aproveitamentos de maior exploração no trabalho, juntando-se a perda de rendimentos, o desemprego, a pobreza,  a exclusão social…

A sobrecarga desumana que o teletrabalho tem imposto às mulheres, pois as estatística já 2indicavam que as mulheres já trabalhavam, em média mais uma hora e 13 minutos, do que o homem, agora, poderá, num futuro não longínquo trazer graves problemas físicos e psíquicos imprevisíveis, já não falando nas “congelamento” das suas carreiras profissionais.

Há que exigir políticas alternativas que tenham os direitos das mulheres como prioridade e que a pandemia não sirva de desculpa para retrocessos nos direitos já conquistados desde o 25 de abril.

Um bem haja a tod@s!

Maria de Jesus Ramires

Presidente da CPCJ de Beja