A Universidade de Coimbra anunciou que as 14 cantinas universitárias vão deixar de fornecer refeições com carne de vaca, a partir de 2020, por questões de natureza ambiental.
O deputado do PS eleito por Beja, numa posição pública enviada à Rádio Pax, critica esta opção.
Pedro do Carmo sublinha que a Universidade de Coimbra resolveu “embarcar no populismo da moda do ataque fácil ao Mundo Rural, sob a capa das preocupações ambientais”, quando poderia, por exemplo, ter anunciado a instalação de painéis fotovoltaicos para produção de energia limpa para os seus consumos, ter anunciado que deixaria de utilizar veículos automóveis, ou ter eliminado o plástico ou o papel nas acções desenvolvidas no quadro universitário.
“O que já foi espaço de liberdade apresentou-se, nesta questão, como espaço de proibição” lamenta Pedro do Carmo.
O deputado fala em “fundamentalismo” contra as zonas rurais.
De acordo com o parlamentar, “a decisão simbólica e radical, sob a capa da preocupação com o planeta e com a produção de CO2 pelas explorações animais, significa que para a Universidade de Coimbra, como para muitos decisores, o Mundo Rural e o Interior podem estar sujeitos a todas as consequências para que o meio urbano insista e persista em opções que são lesivas do ambiente, da saúde, do clima e do planeta, essas sim com impactos relevantes decorrentes do seu peso demográfico”.
Pedro do Carmo contesta ainda o que diz ser “o quero, posso e mando” sem “qualquer fundamento”.
