A concelhia de Cuba do Partido Socialista acusa a maioria CDU na Câmara de “perseguições político-partidárias mascaradas de actos de gestão dos recursos humanos”.
Em comunicado enviado às redacções, o PS fala em mudanças de trabalhadores que “apenas atingem funcionários que, de uma forma perfeitamente legítima e democrática, tiveram posições cívicas e políticas diferentes das da actual maioria da gestão autárquica”.
Para o PS, “não é admissível que situaç0ões deste tipo continuem a ocorrer e que trabalhadores sejam tratados de forma desigual, apenas por terem manifestado publicamente opções políticas diferentes da do executivo municipal e quando o seu desempenho profissional em nada condiciona a sua acção”.
O PS cita como exemplos, “a substituição dos elementos da Direcção da Escola Profissional de Cuba e cessação de todo o pessoal contratado (docente e não docente) incluindo uma professora grávida”.
O Partido Socialista acrescenta que “existem ainda mais funcionários, obviamente militantes/simpatizantes do PS, que querem sair da autarquia através de mobilidade, devido a perseguição política/partidária”.
O descontentamento foi deixado à Rádio Pax por Julieta Caniço, presidente da concelhia de Cuba do PS.
Em reacção a estas acusações, João Português, presidente da Câmara Municipal de Cuba, afirma que esta posição do PS “está integrada numa estratégia política de desgaste dos eleitos da CDU”.
O autarca lamenta que o PS nos últimos anos nunca se tenha pronunciado sobre qualquer “tema de interesse para o concelho”.
João Português acrescenta que o executivo tem tratado “todas as pessoas da mesma forma”.
O presidente do município de Cuba afirma que está em curso a remodelação dos serviços, algo normal no inicio de um novo mandato e nega qualquer “perseguição politica/partidária”.