Por responsabilidade maior de quem chumbou o melhor Orçamento de Estado para as pessoas e o país dos últimos anos, vamos a eleições a 30 de janeiro próximo.
Portugal não pode ser um país de mínimos. A nossa ambição tem de ser estável e sustentada, qualquer que seja a maioria política, a conjuntura económica ou as circunstâncias.
O Interior e o Mundo Rural têm também a ambição de serem territórios atrativos e que fixam população.
A ambição de serem territórios com vida, qualidade de vida, oportunidades de realização e futuro, de forma sustentável e resiliente.
Precisamos de previsibilidade, sustentabilidade e solidariedade nacional mínimas.
As Autarquias Locais estão aqui, ao lado das populações, para serem parte das soluções, mas é preciso consenso e consistência nas respostas básicas.
Se nas cidades a referência de qualidade são os bens e serviços estarem a 15 minutos de distância, no Interior tem de haver também uma medida.
É fundamental que os bens e serviços essenciais estejam ao dispor das populações em todos os territórios em menos de um certo tempo.
Este pacto para a coesão social e territorial deve ser estabelecido entre o poder central e o poder local, sejam quais forem as maiorias, as dinâmicas ou os humores de quem decide.
Por outro lado, sem prescindir da transparência e do escrutínio, precisamos de acertar os tempos da decisão política com as dinâmicas das comunidades e dos territórios.
Não podemos continuar a ter os tempos de decisão e de concretização bloqueados pelas burocracias e pelas fiscalizações.
Esta diferença entre as necessidades e as soluções, tão relevante na pandemia, também contribui para a degradação da relação de confiança entre eleitos e eleitores.
Não é possível vivermos num mundo tecnológico, acelerado nas vivências e depois ter uma decisão política ou uma concretização em que, mesmo com vontade política, chega às pessoas e aos territórios tardiamente.
No tempo de decisão, de fazer como no que temos de fazer temos de ser mais consequentes.
A todos um Feliz Natal e um Ano Novo, com saúde e regresso à normalidade.
Marcelo Guerreiro
Presidente do Município de Ourique