Opinião: Telma Guerreiro

A expressão “Fique em casa”, tem muitas emoções e sinais diferentes para cada um no seu contexto. Há contextos bons onde ficar, há contextos menos bons onde ficar.

Aquilo que medeia o primeiro confinamento do segundo confinamento é o conhecimento mais concreto destes contextos, destas emoções, vivencias e sinais, é o conhecimento das experiências vividas é o reconhecimento da escola pública e de cada um dos seus agentes na forma rápida e notável com que se reorganizaram e adaptaram ao ensino à distância.

O que medeia este tempo também são as preocupações sobre o impacto deste ensino à distância no aumento das desigualdades e no atraso das aprendizagens.

Por isso no início deste ano letivo ficou salvaguardado apoio presencial para um conjunto de alunos que por serem considerados vulneráveis, puderam continuar a frequentar a escola. Por isso, ontem o governo apresentou os resultados do estudo diagnóstico para aferir o impacto do primeiro confinamento nas aprendizagens dos alunos e criou um grupo de trabalho independente para fazer propostas de medidas para a recuperação das aprendizagens.

Sabemos hoje, que o desafio para mitigar as desigualdades e recuperar as aprendizagens é enorme. Mas também sabemos que a colaboração multinível e colaborativa entre governo, escolas,autarquias, associações de pais e outras associações locais, será inexcedível na salvaguarda das crianças e jovens.

Desafio que nos convoca a todas e todos.

E o nosso Baixo Alentejo é um exemplo extraordinário de parcerias colaborativas na educação, são exemplo: o programa + sucesso educativo e o programa – ODETE – Odemira Território Educativo.Estas parcerias colaborativas de governação integrada, são fundamentais para o tempo que medeia a Pandemia de COVID-19 e o futuro e assim apoiar o cumprimento daEscola Pública.

A função social da escola pública só estará inteiramente cumprida quando a origem de cada um não for um aspeto relevante para o sucesso ou insucesso dos seus resultados.Este é o fim fundamental para o qual concorre todo o sistema educativo. Para não deixarmos ninguém para trás, é necessária uma aposta segura na escola pública, como elemento transformador da vida do indivíduo e da sociedade, bem como um fator de superação dos constrangimentos do contexto de cada um.

Telma Guerreiro

Deputada do PS