Foi há dias conhecida a lista das 100 maiores empresas do Concelho de Beja, curioso ou talvez não, as que figuram no topo da lista, estão relacionadas com atividades diretamente ligadas ao projeto de fins múltiplos de Alqueva.
Quando muitos levantam a questão do impacto deste investimento na região, que mais valias trouxe ao nosso território ou se valeu a pena alguns danos colaterais próprios das obras de grande dimensão, uma das respostas chega com estes dados estatísticos.
Apesar deste investimento não se encontrar ainda na plenitude das suas capacidades ou valências, aquilo que até à data já nos trouxe, já é mais do que suficiente para que tenha valido a pena.
A resistência que algumas forças de esquerda continuam a fazer a esta infraestrutura, é demonstrativo da razão pela qual o Baixo Alentejo figura na cauda do pelotão nacional em termos de riqueza.
A resistência à mudança, ao crescimento económico por via do investimento privado e a defesa da tradicionalidade em vez da modernidade, causou décadas de atraso face às demais regiões do País.
O abandono a que temos sido votados pelo poder central, não pode servir de desculpa para tudo. A hegemonia de esquerda que por aqui tem permanecido ao longo de mais de 4 décadas, onde tem sido uma autêntica força de bloqueio, de desambição e a nivelar por baixo, não pode ficar alheia a esta situação de elevada dilação.
Políticas de centro direita é sinónimo de desenvolvimento, emprego, atração de investimento e respetivo crescimento, o que resulta em fixação de pessoas. Na prática estamos a falar de um aumento de peso político que, representa mais votos e mais votos, cativa outro interesse do poder central.
A defesa das grandes causas do nosso território deve ser feita com alicerces sustentáveis e sólidos que, não sejam fáceis de desmontar por argumentos fúteis e ideológicos.
A especificidade dos tempos que atravessamos, deve fazer refletir os grandes decisores, desinvestir na região, irá criar uma linha que separa, cada vez maior e nós não iremos sobreviver aos desígnios do futuro.
Desistir daquilo a que temos direito, é perpetuar no tempo a condição a que fomos sujeitos e conformarmo-nos com aquilo que nos querem fazer crer e impor.
Gonçalo Valente
Presidente da Distrital de Beja do PSD