Opinião: Gonçalo Valente

Durante o dia de ontem realizou-se mais uma reunião no infarmed onde o Governo, partidos e especialistas debateram o atual estado epidémico e o já anunciado confinamento geral.

Certezas há muitas, a grande incógnita prende-se efetivamente com o encerramento das escolas, foi onde houve as maiores divisões nesta reunião e é onde incidem as maiores dúvidas de António Costa.

Desenganem-se aqueles ao pensar que António Costa desvaloriza uma fonte de contágio como esta. Desenganem-se aqueles ao considerar que António Costa se preocupa mais com outras cadeias de transmissão em detrimento desta, quando, há um aumento muito significativo no número de casos entre a população mais jovem.

Não sendo o ensino à distância tão eficiente quanto o presencial, é seguramente uma alternativa que, pode atenuar os efeitos do encerramento total das escolas. Quanto mais fechadas estiverem as escolas e a própria comunidade, menor será a propagação do vírus nesta. Fechando outros locais e mantendo as escolas abertas, há redução do risco, mas não é tão pronunciado como se estivessem fechadas.

Aqui está o grande dilema de António Costa, o 1 Ministro está amarrado à manutenção do funcionamento da escola porque, falhou mais uma vez à palavra dada em Abril último, onde perentoriamente afirmou que todos estariam em igualdade de circunstâncias para aderir ao ensino à distância, garantindo que sem exceção, os alunos do ensino básico e secundário teriam acesso à rede e aos equipamentos escolares.

António Costa mentiu e agora face à sua conduta está a condicionar a melhor decisão a tomar, seja ela qual for. Não sei o que vai fazer, sei que, as suas promessas vãs retiram-lhe espaço de manobra, autoridade moral e politica para, decidir em consciência com aquilo que considera ser melhor para Portugal e para os Portugueses.

Gonçalo Valente

Presidente da Comissão Política Distrital do PSD